ABRUPTO

2.3.04


VER A NOITE

Está uma noite muito fria, e o frio tem uma transparência essencial. A Lua já manda em tudo, com um brilho de néon. Contei cerca de 100 estrelas visíveis em três quartos de horizonte. Muito pouco. Alguns planetas muito brilhantes. Mas talvez o catálogo das constelações tenha sido feito num céu destes e não no esplendor dos milhares de luzes, porque as constelações estão reduzidas ao essencial, à sua forma, à sua simplicidade. Escorpião, Orionte, a Ursa Maior, rodam pouco a pouco na sua ficção de movimento. Por onde começo? Por onde acabo?

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© José Pacheco Pereira
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