ABRUPTO

6.3.04


POEIRA

Hoje, há cento e trinta e cinco anos, Dimitri Ivanovich Mendeleïev, então com trinta e cinco anos, fez uma conferência na Sociedade Química russa. Redigida numa letra firme e com os arabescos da caligrafia do século, apresentou uma bela imagem da ordem possível do mundo. Mais tarde percebeu que a ordem tinha hiatos e silêncios, lugares vazios na arquitectura das coisas. Refez a sua tabela com esses lugares. Mesmo com alguns desses lugares hoje ocupados, esta é uma das maravilhas do nosso escasso conhecimento das coisas.



Hoje, há cinquenta e nove anos, um inglês de mau feitio, Evelyn Waugh, anotava no seu diário, a propósito de uma carta “ofensiva” escrita por uma mulher católica americana:

I returned it to her husband with the note; `I shall be grateful if you will use whatever disciplinary means are customary in your country to restrain your wife from writing impertinent letters to men she does not know.'

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© José Pacheco Pereira
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