ABRUPTO

7.3.04


O ABRUPTO FEITO PELOS SEUS LEITORES

Sobre POEIRA de 6 de Março

(...) Isto a propósito do Texas, a bandeira do estado do Texas é a única das 50 bandeiras dos estados que constituem a União (Estados Unidos) que pode figurar ao mesmo nível que a bandeira dos Estados Unidos. Assim num mastro podemos ver no topo a bandeiras do país e a bandeira do Texas, e a um nível inferior a bandeira do estado da California por exemplo.

Foi uma das condições que os texanos impuseram para que o país independente Texas (o único) se integrasse nos Estados Unidos. e os texanos gostam de cultivar este espírito de diferença.

Por cá é comum a bandeira da empresa e do concelho estar ao mesmo nível, ou acima da do país.


(Carlos Pereira da Cruz)

Sobre AS FORMAS ANTIGAS DE SENSIBILIDADE

(...) Ligada a este aspecto mais consumista da cultura está uma mentalidade consumista em relação à própria Vida. Faz parte da cultura popular e atinge transversalmente toda a nossa sociedade ocidental. Antes de continuar, quero só deixar claro que sou uma feroz defensora dos Direitos Humanos e dos princípios da igualdade de oportunidades, mas não é isso que aqui estará em causa.
No entanto, creio que, a esta Declaração de Direitos Humanos que sustenta ideologicamente as democracias actuais, seguem atrelados toda uma série de “direitos” reivindicados por todas as pessoas de todos os quadrantes da nossa sociedade moderna. Um dos direitos que eu acho mais interessante, extraordinário e o mais abrangente é o “Direito à Felicidade” que, sem nunca se saber exactamente o que é, se invoca com uma frequência atordoante. Mas ainda há outros, muitos, sem conta: o direito a viver, o direito a morrer, o direito a ter filhos, o direito à contracepção, o direito a abortar, o direito a ser amado, o direito à educação, o direito à saúde, o direito a ser informado, o direito a ser diferente, o direito a ser famoso e, para não tornar a lista cansativa, termino aqui sem deixar de referir o meu preferido neste caso: o direito à opinião (!).
Todos estes “direitos” têm servido de justificação a diferentes e por vezes bizarros comportamentos, porque nos tempos actuais tudo pode ser esperado e nos é devido, e são eles muitas vezes reveladores daquilo a que JPP tem chamado de sensibilidade moderna que está centrada no indivíduo, na sua realização e satisfação pessoais e, de preferência, de imediato. Esta atitude consumista e urgente face à Vida, é essencialmente egocêntrica e egoísta, perdendo-se o seu carácter transcendental e sagrado que se dilui na correria ao “Direito à Felicidade” (que contém em si todos os outros direitos). Se para a sensibilidade antiga a Vida era parte integrante de um cosmos e fonte de mistério, graça, admiração, revolta, resignação, mas também humildade, pois era sensível às limitações humanas que respeitava, e às que a natureza impunha, hoje, humildade é um conceito em desuso e o que não é dominado, tem que ser alterado, procurando ultrapassar sem questionar, qualquer limite, no frenesim consumista que parece ter-se apoderado da sociedade.
Não imagino Churchil ou Estaline a reivindicarem o “Direito à Felicidade”. Parece-me pois ser uma noção relativamente recente, dos finais do século XX (será que o existencialismo teve alguma coisa a ver com isto?). Creio que é, no entanto, um dos grandes motores da sensibilidade popular moderna tal como a sentimos nos dias de hoje.


(Joana Pereira de Castro)

Sobre POEIRA de 2 de Março

“Tall, bronzed by the Sun, wearing Khaki shorts and tunic, marvellously good-looking… I stood and watched him, spellbound”.

Imaginem o resto.

Não consigo! A vida dos snobs ingleses é um mistério para mim. Será que eles tem orgasmos? Não serão os orgasmos vistos como uma coisa de falta de disciplina, uma concessão aos instintos? Olhando para a Margaret Thatcher não se consegue imaginar coisas eróticas, posições implausíveis, corpos suados, etc., pois não? Ou sou só eu? E a rainha, com aqueles sapatos que parecem uns cacilheiros...


(Filipe Vieira de Castro)

Sobre VER A NOITE

Em Abril/Maio talvez tenhamos direito a um espectáculo único de dois cometas em simultâneo, embora ainda seja cedo para determinar se o brilho dos mesmos será suficiente para tamanho show. Esta é a fonte.

(Albano Ferreira)

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© José Pacheco Pereira
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