ABRUPTO |
semper idem Ano XIII ...M'ESPANTO ÀS VEZES , OUTRAS M'AVERGONHO ... (Sá de Miranda) _________________ correio para jppereira@gmail.com _________________
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1.2.04
ORGULHO 9 / NOTAS SOBRE AS FORMAS ANTIGAS DE SENSIBILIDADE
Na noite, Bernardo mostrou aos anjos o que já tinha escrito. Os anjos corrigiram uma frase: “Faz parte da sua infinita plasticidade [do orgulho] fazer de conta que sofria, que hesitava, quando já tinha em si a direcção do pecado.” Não é a “direcção do pecado”, é a convicção do pecado. O pecado convence. O “curioso” já fala com outra voz, já não é dele o que diz. Dentro dele só há ecos, vozes, sussurros, amabilidades, conveniências, usos, lixo da superficialidade, etiquetas da "ligeireza de espírito". Já tudo voa baixo. Os anjos à noite visitavam-no porque Bernardo era fiel. Então corrigiu a frase e deu mais um passo no conhecimento do “curioso” que revela agora a sua face. E continou a escrever: "Quelle confusion pour l'orgueilleux, quand sa supercherie est découverte, la paix de son âme et sa gloire amoindrie, sans que sa faute soit effacée pour cela? Il finit par être reconnu de tous et jugé par tous, et l’indignation est d'autant plus violente, alors qu'on découvre en même temps la fausseté de tout ce qu'on avait pensé d'abord de lui. " (url)
© José Pacheco Pereira
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