ABRUPTO

11.2.04


O ABRUPTO FEITO PELOS SEUS LEITORES

Sobre AUGÚRIOS

No post de hoje do Abrupto: “Os antigos acreditavam nos augúrios. Nós não.”
Não acredito! Basta ver as páginas de astrologia e coisas ainda mais estranhas nos jornais! Mas como é possível dizer isso quando um professor (Boaventura Sousa Santos) numa universidade escreve um livro onde se lê:
«A ciência moderna não é a única explicação possível da realidade e não há sequer qualquer razão científica para a considerar melhor que as explicações alternativas da metafísica, da astrologia, da religião, da arte ou da poesia (Um Discurso Sobre as Ciências: p. 52) Ou seja, BSS escreve preto no branco que ciência = astrologia = religião = arte.
Quando alguém escreveu contra este disparate, veio o vice-rei dos pós-modernos, o Eduardo Prado Coelho, numa defesa brilhante, dizer que «BSS pensa exactamente o contrário daquilo que está a expor... uma característica fenomenológica para a sociologia". É espantoso como se atreve a dizer».
Ou seja, o EPC diz que BSS pensa o contrário do que escreveu! Brilhante!
E ainda diz o Pacheco Pereira que nós não acreditamos em augúrios! Era bom!


(Alexandre Silva)

Sobre CLÁSSICOS

O Pacheco Pereira chama a atenção para a "sensibilidade contemporânea (…), que será muito diferente (ou distante) da sensibilidade de outros tempos. Talvez o seja. Ou talvez sejam outras coisas que mudaram, mas não a sensibilidade. Ou talvez seja sobre a noção de "sensibilidade" que se alimente o equívoco. Concordo plenamente que há hoje um apetite renovado pelos clássicos, que não é apenas uma moda mas talvez a intuição de que algures se perdeu o fio ou se emaranhou o novelo e que vale a pena recapitular o percurso para destrinçar os nós que entretanto nos confundiram.
A este propósito, ainda que aparentemente sem propósito nenhum, recomendo-lhe vivamente um livro recente: Reformation de Diarmaid MacCulloch (Penguin Books).


(Francisco de Sousa Fialho)

Sobre OS NOVOS DESCOBRIMENTOS : A ALEGRIA

Creio que a afirmação que faz no seu post (…) de que terá sido "[n]a rocha Adirondack onde foi feito o primeiro buraco jamais realizado num outro planeta" não estará totalmente correcta.
Tanto quanto julgo lembrar-me, os primeiros buracos foram sido abertos na Lua, pelos astronautas do programa Apollo, com uma broca Black and Decker sem fios.


(Paulo Alves)

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© José Pacheco Pereira
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