ABRUPTO |
semper idem Ano XIII ...M'ESPANTO ÀS VEZES , OUTRAS M'AVERGONHO ... (Sá de Miranda) _________________ correio para jppereira@gmail.com _________________
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2.11.03
O IMPÉRIO DO ENGRAÇADINHO
Uma pecha portuguesa é a de não ter humor, mas achar-se engraçado, ou melhor, engraçadinho. O engraçadinho é uma praga nacional, exercida por milhões de portugueses que contam anedotas sem graça, e transportaram agora para a televisão o mesmo hábito da anedota grossa, com umas personagens que parecem saídas de um comedor rápido de Odivelas para gravarem cassetes, vídeos, DVDs e mensagens telefónicas das ditas. O mesmo engraçadinho que se repete, sem um átomo de imaginação, nas praxes e outras “brincadeiras” estudantis, espelho da nossa pobreza. Bergson, que escreveu sobre o “riso”, achava que, mais do que qualquer outra actividade, rir-se nos diferenciava dos animais. Mas falava do riso e não de esgares mais ou menos ritmados, que isso penso que até uma moreia ou uma amêijoa são capazes de fazer. (url)
© José Pacheco Pereira
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