ABRUPTO

8.9.03


UMA TRAGÉDIA



Não pude ler muito do que aqui se tem escrito, mas pareceram-me escassas as referências à crise do chamado “roteiro para a paz” no Médio Oriente, uma verdadeira tragédia se se confirmar. O plano não era apenas um “plano americano”, mas sim da UE e da Rússia. Os EUA não estavam sós, embora, como de costume, só a influência dos americanos contasse nos dois lados do conflito.

Sem o “roteiro para a paz” não há qualquer outro plano alternativo, nem se imagina de onde possa vir qualquer outra iniciativa a favor da paz a curto prazo. Sem “roteiro” só há dois desenvolvimentos possíveis: ou uma contínua degeneração da situação com acções militares punitivas israelitas e atentados suicidas pontuais dos vários grupos terroristas, ou Israel resolve tentar a exterminação completa do Hamas, invade a faixa de Gaza, avança com o muro, anexa ilegalmente os territórios ocupados onde há colonatos e acaba com a relativa autonomia dos palestinianos. Não é brilhante.

Por isso, o silêncio é ensurdecedor, em particular dos opositores e críticos portugueses do plano, que sempre desejaram o seu fracasso e que seria interessante dizerem-nos se agora se está melhor e como é que se sai desta situação .

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© José Pacheco Pereira
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