ABRUPTO

16.9.03


POMPEIA

Dos livros que comprei e referi numa nota do dia 9 de Setembro, acabei de ler o de Robert Harris, Pompeii. É um livro de fábrica, feito ao mesmo tempo para se ler e para dar origem a um filme. Lê-se bem, mas está muito abaixo dos outros dois do autor , Fatherland e Archangel. Estes dois livros tinham um ambiente de grande densidade, retratando uma Alemanha nazi ficcional, e uma URSS dos anos finais de Staline, menos inventada, mas igualmente pesada e sinistra. Archangel já falhava no fim, construindo uma história muito bem arquitectada e com uma reconstrução do ambiente claustrofóbico dos últimos dias de Staline e de Beria, mas terminava de uma forma pouco forte.

Este livro passa-se nos dias da erupção do Vesúvio que destruiu Pompeia e, como é costume em Harris, a ideia que dá corpo à história é imaginativa. A personagem principal é o aquarius, o responsável pela Aqua Augusta, um dos grandes aquedutos romanos. Harris faz bem o seu trabalho de investigação e os detalhes técnicos e históricos “envolvem” a história de forma correcta, mas esta é demasiado previsível. Depois, tenho uma certa aversão a ler em inglês que o centurião atravessou a rua para ir ao “snack bar”...

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© José Pacheco Pereira
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