ABRUPTO

18.9.03


NOVA EUROPA, VELHA EUROPA

Uma das razões para se ser inteiramente a favor do alargamento é que de facto a “nova Europa” (a classificação de Rumsfeld veio mesmo para ficar) trouxe uma outra força à política europeia. A força da memória recente da opressão comunista introduz um vigor moral, que os governantes da “terceira via”, e alguns dos seus parceiros mais à direita, tinham deixado apagar-se por comodismo e excesso de marketing.

Ninguém imaginava Chirac ou Schroeder a descerem do seu patamar olímpico para apoiar essa causa tão insignificante e ideológica, como é a da liberdade em Cuba . E nunca teriam tido a iniciativa de escrever como Vaclav Havel (Républica Checa), Lech Walesa (Polónia) e Árpád Göncz (Hungria) este manifesto com palavras tão claras:

Hoje, o mundo democrático tem a obrigação de apoiar os representantes da oposição cubana independentemente do tempo que os estalinistas cubanos se mantiverem no poder. A oposição cubana deve sentir o mesmo apoio que sentiam os representantes da dissidência política na Europa, dividida até há pouco tempo. Respostas de condenação devem ser acompanhadas de medidas diplomáticas concretas procedentes da Europa, América Latina e EUA e podem ser uma forma idónea de pressão contra o regime repressivo de Havana.”

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© José Pacheco Pereira
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