ABRUPTO

18.5.03


FELGUEIRAS 3

A sorte de Francisco Assis foi tudo ser filmado. Se não existissem as imagens televisivas, mesmo que tudo se tivesse passado exactamente na mesma, o caso teria sempre pequena importância. Os jornalistas que estão em Felgueiras, salvo honrosas excepções, usam uma linguagem legitimadora do que aconteceu (a “multidão”, a “população”, os populares”, sem qualquer esforço para dar números, e identificar responsáveis que o deveriam ser dado que estiveram como tal identificados na “vigília” anterior) e , quando confrontados com os agressores , fazem sempre perguntas meigas e ao lado. É o mesmo tipo de reverência que tem com Pinto da Costa.

As explicações da GNR são inaceitáveis. Havendo uma situação de instabilidade na cidade, existindo concentrações na via pública, nenhuma força de segurança que se preze não pode deixar de estar presente e de acompanhar o que se passa. Ou foi negligência ou conivência. Escolham.

Nalguns blogs há um estilo “engraçadinho” de tratar estas coisas, como se, no fundo, o Francisco Assis é que fosse responsável pelos murros que levou. Eu já estive mais do que uma vez nestas situações, bem menos graves, e se há coisa que me encanita é este tipo de “engraçadinhos” que se colocam no lado dos agressores.

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© José Pacheco Pereira
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