ABRUPTO |
semper idem Ano XIII ...M'ESPANTO ÀS VEZES , OUTRAS M'AVERGONHO ... (Sá de Miranda) _________________ correio para jppereira@gmail.com _________________
|
14.10.12
EXTRACTO DO MEU ARTIGO DO PÚBLICO: A VINGANÇA SOBRE A FUNÇÃO PÚBLICA
Os casos de
Passos e Relvas são típicos, porque uma parte fundamental da sua
carreira é feita dentro dos partidos, nas "jotas", passam pelos cargos
mais ligados ao controlo político "distributivo" no Governo (Relvas) e
são empregados por terceiros em empresas em que as redes de ligação com o
poder político são fundamentais para aceder aos "negócios". Uma frase
esquecida de Ilídio Pinho quando dizia que ter acesso ao poder político
valia um milhão de contos traduz bem a utilidade dos políticos para os
seus patrões privados. As contas ainda eram em escudos, mas toda a gente
percebeu de que é que ele falava.
Essas áreas incluem a formação, no tempo áureo dos fundos, e depois nos sectores como o ambiente, energias renováveis, resíduos e construção, tudo áreas que conheceram grande expansão com dinheiros públicos nos últimos anos. O caso da Tecnoforma, envolvendo Passos e Relvas, é típico de uma espécie de empresas "jota", em que pessoas com carreiras políticas interdependentes entre si se organizam para aproveitar as oportunidades que o acesso ao poder político cria. Este tipo de processos é transversal aos dois partidos, PS e PSD, e acentuou-se nos momentos em que o dinheiro fácil, com os fundos comunitários e com um Estado gastador, permitiram todo o tipo de "negócios". Uns são gigantescos, como as PPP, e outros medíocres, como o das empresas de "formação", mas são da mesma natureza e têm o mesmo perfil de protagonistas. (url)
© José Pacheco Pereira
|