ABRUPTO |
semper idem Ano XIII ...M'ESPANTO ÀS VEZES , OUTRAS M'AVERGONHO ... (Sá de Miranda) _________________ correio para jppereira@gmail.com _________________
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7.9.15
AVISO
Circula na Rede um texto "meu" sobre Sócrates, que tem o pequeno problema de não ser meu, de ser falso. Já não é a primeira vez que isso acontece, nem será a última. O que é ridículo é ver gente a correr para o comentar...
(url) 5.9.15
NA MORTE DE MANUEL DIAS DA FONSECA
Manuel Dias da Fonseca é um nome conhecido por muito pouca gente. No Porto e sobretudo em Matosinhos já mais gente o conhece, mais como vereador da Cultura nos tempos em que o foi, do que pela sua obra poética, aliás escassa e discreta. Mas eu conheci-o como uma coisa que já quase não existe, um amante da música, um melómano. Muitas vezes, nos turbulentos anos 60, um grupo de amigos, que me incluía a mim, o Óscar Lopes, o Eugénio de Andrade, o Jorge Peixinho, a Ilse e o Arménio Losa, iam nas tardes de domingo a sua casa em Matosinhos ouvir os discos que só ele tinha e só ele trazia de fora de Portugal. Eu era o mais novo, o que me faz ser o último sobrevivente.
A meio da tarde, havia um bolo feito por sua mãe e chá, ou seja um ambiente que já na altura era do passado, burguês, antigo, culto e ilustrado. Ele sabia muito de música e gostava de pôr discos para os presentes adivinharem quem eram os seus autores. Uma vez, com alguma ironia, tendo em conta parte da composição da sala – "do you know what I mean", como diziam os Monty Python –, a pergunta era se era um homem ou uma mulher que cantava. Parecia uma mulher, mas era um homem, Alfred Deller, contratenor, a cantar Purcell.
Boa música tenhas tu Manuel. Bach, pelo menos, anda por lá
Versão da .
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© José Pacheco Pereira
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